Filhos rebeldes ou pais sem autoridade?

13/03/2018 20:47

Escutar os filhos, dialogar e saber se posicionar diante deles é fundamental para estabelecer uma relação de cumplicidade, respeito e confiança

Você fala e parece não ser ouvida? Frases como “engole esse choro” ou “vou contar até três” não surtem efeito? Fique tranquila, isso não significa que você tem filhos rebeldes. Talvez o que eles precisem mesmo é de uma dose maior de limites.

Na maioria dos casos, esse descompasso na comunicação tem muito mais a ver com a forma como os pais se posicionam diante dos filhos. O psicanalista Francisco Daudt da Veiga nos ajuda a entender: “Os pais acreditam que o modelo de pais distantes e frios é horrível e, assim, constroem outro excessivamente oposto: meloso e sem autoridade. Quando a coisa está saindo dos trilhos, apelam para o grito, numa tentativa tardia de voltar ao modelo autoritário”.

Mas existe fórmula para os pais serem ouvidos? Veiga diz que, diante das incertezas que a criação de um filho traz, o primeiro passo é pensar e refletir muito sobre as próprias ações. Depois, é preciso buscar uma aproximação real com as crianças e adolescentes. “Os pais precisam conhecer seus filhos a fundo e trocar o ‘engole esse choro’ por um ‘sente aqui e me explique por que você está chorando’. Ouvir não significa atender, mas estar aberto a dialogar e a negociar.

E tempo para isso?

Dialogar e negociar com filhos exige paciência (principalmente na adolescência) e tempo. E essa, talvez, seja a maior dificuldade dos pais: administrar o tempo. Pois bem, o tão falado “tempo de qualidade” é a saída, já que dificilmente alguém consegue mudar sua rotina de trabalho.

O psicanalista Francisco Daudt da Veiga nos dá um exemplo de como fazer isso. Na saída da escola, quando a criança ou o adolescente entra no carro, a pergunta “como foi o seu dia hoje”, normalmente respondida com um “normal”, pode ser substituída por “e as questões de matemática que você fez ontem, estavam certas? O professor corrigiu?”.

Limite faz bem

Ao perceber que os pais conversam e expõem seu ponto de vista sobre determinada situação de forma objetiva e tranquila, os filhos passam a interpretar como uma postura firme e reconhecem a autoridade dos pais. Dizer “não”, por dizer, é autoritarismo. Agora, dizer um “não” embasado em atitudes e posturas assumidas e discutidas anteriormente é dar aos filhos a segurança de que eles precisam para amadurecer, firmados em valores bem estabelecidos. Experimente, mude o seu discurso e aproxime-se do seu filho. Vocês merecem esses bons momentos!

Que tal rever seu discurso?

Essas mudanças na forma de educar não são simples e não acontecem da noite para o dia. O mundo está em constante transformação e a educação acompanha essa evolução tanto em casa quanto na escola. Por isso, é tão importante que a proposta pedagógica da instituição de ensino escolhida para os filhos esteja alinhada com o perfil de cada família.

 

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